Sou, como é do domínio público, um apaixonado do futebol e um sócio desde há 30 anos do Sporting Clube de Braga.
Todavia, não é como adepto do Clube nem sobre as incidências de um jogo específico que gostaria de me pronunciar, antes abordando uma questão bastante mais lata, referente ao papel que compete a uma Autarquia na defesa das instituições do Concelho.
A esse nível, independentemente dos pruridos de alguns, parece-me tão legítimo que a Câmara Municipal assuma a defesa dos interesses de uma colectividade desportiva em relação a questões estruturais, quanto de Empresas Municipais (nomeadamente perante discriminações do Governo como as que hoje visam os TUB e o Teatro Circo), quanto de empresas privadas ou associações sedeadas no Concelho.
Esta é também uma característica que diferencia uma entidade como a Autarquia do comum dos cidadãos residentes: este tem o direito de expressar livremente as suas preferências em todas as vertentes da sua vida, preterindo, se o desejar e nos mais diversos domínios, as entidades da sua comunidade em benefício de entidades externas; a Autarquia tem obrigatoriamente que defender e apoiar as entidades locais, independentemente até das preferências expressas pelos seus cidadãos.
A não ser assim, e levando a hipótese ao absurdo, a Câmara de Braga teria que atribuir subsídios ao Benfica, ao Porto e ao Sporting, por estes clubes terem muitos adeptos no Concelho, ou que apoiar a programação da Casa das Artes ou do Centro Cultural Vila Flor, porque há muitos Bracarenses que aí se deslocam para assistir a espectáculos.
Perante isto, atente-se às evidências:
i) o Sporting Clube de Braga é a colectividade desportiva mais representativa do Concelho de Braga, pelo seu historial, implantação e ecletismo e muito tem contribuído para a afirmação da imagem do Concelho e para a dinamização económica local;ii) um bom desempenho desportivo do Sporting Clube de Braga ao nível do futebol profissional é, por si só, o garante de um reforço da promoção externa do Concelho de Braga e um factor indutor de atracção turística em mercados de dimensão económica relevante;iii) o desempenho desportivo do futebol profissional do Sporting Clube de Braga tem ficado aquém do que seria possível e desejável por força de um tratamento diferenciado e discriminatório das instâncias que gerem o futebol profissional em Portugal;iv) os organismos dirigentes do futebol profissional assumem uma postura de recorrente favorecimento dos concorrentes de Lisboa e Porto do Sporting Clube de Braga, que defrauda a livre concorrência e prejudica objectivamente o desempenho desportivo do SCB, assim o inibindo de protagonizar um mais relevante papel na referida dinamização económica local;v) tal prejuízo desportivo e, por inerência, económico e financeiro, lesa, indirectamente, todo o Concelho e um número muito significativo de Bracarenses.Perante isto, só restava um caminho ao Executivo da Câmara Municipal de Braga: repudiar formalmente a postura dos organismos dirigentes do futebol profissional e exigir que os mesmos adoptem uma postura de superior rigor, isenção, transparência e equidade de tratamento de todos os concorrentes.
Mais, fazê-lo em termos que dignificassem a Instituição Camarária (na pessoa dos seus representantes máximos) e que contribuíssem para credibilizar o fenómeno futebolístico, no plano desportivo e empresarial.
A este propósito, imaginem o que seria um alto dirigente do PS de Braga, como por exemplo o Dr. António Braga ou o Vítor Sousa, chegar a um Plenário de militantes do PS local, dizendo algo como: "-Eu acho que o Eng. Mesquita Machado não deve ser o nosso candidato porque está a usar a Câmara em benefício próprio. Eu não posso provar isto, vão dizer que é mentira, mas é o que se diz nos corredores..."
Todavia, não é como adepto do Clube nem sobre as incidências de um jogo específico que gostaria de me pronunciar, antes abordando uma questão bastante mais lata, referente ao papel que compete a uma Autarquia na defesa das instituições do Concelho.
A esse nível, independentemente dos pruridos de alguns, parece-me tão legítimo que a Câmara Municipal assuma a defesa dos interesses de uma colectividade desportiva em relação a questões estruturais, quanto de Empresas Municipais (nomeadamente perante discriminações do Governo como as que hoje visam os TUB e o Teatro Circo), quanto de empresas privadas ou associações sedeadas no Concelho.
Esta é também uma característica que diferencia uma entidade como a Autarquia do comum dos cidadãos residentes: este tem o direito de expressar livremente as suas preferências em todas as vertentes da sua vida, preterindo, se o desejar e nos mais diversos domínios, as entidades da sua comunidade em benefício de entidades externas; a Autarquia tem obrigatoriamente que defender e apoiar as entidades locais, independentemente até das preferências expressas pelos seus cidadãos.
A não ser assim, e levando a hipótese ao absurdo, a Câmara de Braga teria que atribuir subsídios ao Benfica, ao Porto e ao Sporting, por estes clubes terem muitos adeptos no Concelho, ou que apoiar a programação da Casa das Artes ou do Centro Cultural Vila Flor, porque há muitos Bracarenses que aí se deslocam para assistir a espectáculos.
Perante isto, atente-se às evidências:
i) o Sporting Clube de Braga é a colectividade desportiva mais representativa do Concelho de Braga, pelo seu historial, implantação e ecletismo e muito tem contribuído para a afirmação da imagem do Concelho e para a dinamização económica local;ii) um bom desempenho desportivo do Sporting Clube de Braga ao nível do futebol profissional é, por si só, o garante de um reforço da promoção externa do Concelho de Braga e um factor indutor de atracção turística em mercados de dimensão económica relevante;iii) o desempenho desportivo do futebol profissional do Sporting Clube de Braga tem ficado aquém do que seria possível e desejável por força de um tratamento diferenciado e discriminatório das instâncias que gerem o futebol profissional em Portugal;iv) os organismos dirigentes do futebol profissional assumem uma postura de recorrente favorecimento dos concorrentes de Lisboa e Porto do Sporting Clube de Braga, que defrauda a livre concorrência e prejudica objectivamente o desempenho desportivo do SCB, assim o inibindo de protagonizar um mais relevante papel na referida dinamização económica local;v) tal prejuízo desportivo e, por inerência, económico e financeiro, lesa, indirectamente, todo o Concelho e um número muito significativo de Bracarenses.Perante isto, só restava um caminho ao Executivo da Câmara Municipal de Braga: repudiar formalmente a postura dos organismos dirigentes do futebol profissional e exigir que os mesmos adoptem uma postura de superior rigor, isenção, transparência e equidade de tratamento de todos os concorrentes.
Mais, fazê-lo em termos que dignificassem a Instituição Camarária (na pessoa dos seus representantes máximos) e que contribuíssem para credibilizar o fenómeno futebolístico, no plano desportivo e empresarial.
A este propósito, imaginem o que seria um alto dirigente do PS de Braga, como por exemplo o Dr. António Braga ou o Vítor Sousa, chegar a um Plenário de militantes do PS local, dizendo algo como: "-Eu acho que o Eng. Mesquita Machado não deve ser o nosso candidato porque está a usar a Câmara em benefício próprio. Eu não posso provar isto, vão dizer que é mentira, mas é o que se diz nos corredores..."
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