SC Braga 3 - 0 Naval 1º de Maio






Esta aí o Sp. Braga europeu. Exibição convincente na recepção a uma Naval desinibida mas à deriva em termos defensivos. A equipa da casa marcou três golos (3-0), desperdiçou tantos mais, sofreu alguns sustos mas justificou plenamente os aplausos. Belo final de tarde.
Manuel Machado não «masca chiclete, não é um iluminado da táctica, não pragueja no banco», mas sabe montar um carrossel ofensivo capaz de entusiasmar as 20 mil almas que acorreram ao Estádio Municipal de Braga para um confronto emocionante, do primeiro ao último minuto.
A expressão popular deve ser levada à letra, pois os arsenalistas inauguraram a contagem em apenas 33 segundos. Na etapa complementar, nova entrada de rompante e novo golo. Estava garantida a vitória, reforçada ao cair do pano.
Com uma exibição segura, um futebol por vezes inebriante, onde quatro homens têm liberdade total para atacar e podem esperar o apoio dos laterais, sobretudo João Pereira, o espectáculo está garantido à priori. A coesão defensiva, imagem de marca do treinador do Sp. Braga, fica assegurada com duplo trinco à frente do último reduto. Receita para um bolo consistente e apetecível.
Um Machado que corta de raiz
A véspera do encontro ficou marcada pelas críticas de Manuel Machado a um companheiro de profissão. Não mencionou o nome, mas nem seria preciso. O alvo era Jorge Jesus. O motivo: notícias que dão conta do namoro entre a equipa minhota e o técnico do Belenenses.
Mais que palavras, o actual comandante da nau arsenalista respondeu com actos, colocando a sua equipa na 6ª posição da Bwin Liga, ali às portas da Europa. Ironicamente, em igualdade pontual com o Belenenses.
Abordando entre encontro a partir da perspectiva da Naval, sobra pouco mais que um triunfo moral pela forma aberta como se apresentou em Braga. Sofreu em poucos segundos (curiosamente, Saulo batera o recorde na primeira volta, precisamente frente aos arsenalistas) e soltou-se em busca do empate, conformando-se com os consequentes riscos.
No total, segundo números oficiais, mais de vinte mil espectadores tiveram o privilégio de assistir a uma bela partida de futebol, daquelas à moda antiga, sem grandes quezílias, com primazia dos ataques sobre as defesas. Faltaram apenas mais golos. Nota positiva para a organização do Sp. Braga, que voltou a distribuir bilhetes pelas escolas, garantindo uma moldura humana agradável.
Tudo à volta da estrela de Belém
No primeiro minuto de jogo, como se foi escrevendo, o marcador electrónico mexeu. Bola ao meio, primeiro ataque da equipa da casa, defesa de Wilson Júnior a remate de Wender e, poucos segundos depois, redes a balançar. Zé Manuel insistiu e Fabrício Lopes desviou para a própria baliza. Corrida para cá, corrida para lá, inúmeras oportunidades e tudo na mesma até ao intervalo.
No arranque da etapa complementar, nova entrada em falso da Naval. Mais um par de minutos e estocada final nas aspirações da equipa de Ulisses Morais. O técnico viu a sua defesa montar uma armadilha de fora-de-jogo que não resultou e percebeu que o golo de Wender arrumava as contas, em apenas 48 minutos. Poucos motivos para sorrir no 100º jogo do treinador, que ainda viu Jaílson dilatar a vantagem ao cair do pano, justificando o esforço ao longo do encontro.
Os homens da Figueira da Foz continuam na 12ª posição, a apenas quatro pontos da zona de descida. Tal como o Sp. Braga, a Naval também pensa no Belenenses, continuando à espera de três preciosos pontos reclamados pela utilização irregular de Meyong.

in maisfutebol

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