Linz "pagou" Silva

Apresentado como a alternativa desejada para concorrer com João Tomás por um lugar na equipa principal do Braga, Jailson parece estar condenado a um ano à sombra, também, de Linz. O avançado austríaco que há uma época chegou para o Boavista depois de ter defrontado o Benfica na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, é o mais recente reforço dos minhotos num negócio que representou um dois em um. Dito de outra forma, António Salvador e João Loureiro resolveram nos gabinetes uma dívida que estava já em sede de tribunal, de 230 mil euros, e que provinha da aquisição pelo Boavista, em 2001/02, dos restantes 50 por cento do passe de Silva. O negócio rendeu aos portuenses 500 mil euros, ficando o Braga a deter 33,3 por cento do passe Linz, e a parte restante equitativamente distribuída pelo Boavista e pelo jogador. A chegada do internacional austríaco reúne, também, contornos semelhantes ao que se verificou há duas temporadas com João Pinto. Igualmente sob críticas de Jaime Pacheco, o talentoso jogador acabou por rumar ao Minho. Um pequeno regresso ao passado mostra que o técnico axadrezado também proferiu comentários sobre Linz no final da última temporada que não agradaram ao jogador e o futuro chama-se... Braga, pelo menos até 2010. Linz viajou ontem para a Áustria, onde integrou os trabalhos da selecção nacional local devendo apresentar-se no Minho na próxima quinta-feira. Com esta contratação subiram para quinze o número de reforços da equipa arsenalista.

”Braga é de um nível mais elevado”


Roland Linz integrou ontem o estágio da selecção austríaca, que interrompeu para uma curta conversa com O JOGO, a primeira desde que se tornou jogador do Braga. “Não foi uma surpresa para mim o convite, mas sim a melhor opção que me podia acontecer”, começou por afirmar o atleta, que justificou a preferência pela oportunidade que terá de jogar na Taça UEFA e a atracção que consistiu a última temporada dos minhotos na I Liga. À questão sobre se já se imaginava a jogar ao lado de João Tomás, contornou a resposta defendendo que se deve “pensar no todo”. O avançado que na sua primeira temporada em Portugal apontou dez golos, sustenta que chegar à equipa arsenalista “é atingir um nível mais elevado”, elogiando o estádio e os adeptos do seu novo clube. “São ambos fantásticos”, disse. Do Boavista guarda a memória de um ano “muito bom”, de um presidente “amável” e de colegas de equipa “fantásticos”, rematando a conversa com um “agora é um novo ano e uma nova motivação” para acelerar o fim do regresso ao passado. Avesso a fixar metas quanto ao número de golos que poderá apontar, confirmou que será apresentado na quinta-feira.

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