Ulisses Morais em entrevista ao Jornal O Jogo

P | O lesionado Paulo Santos foi rendido na baliza por Dani Mallo e João Tomás vai ceder lugar a Linz. Há razões para Jorge Costa estar descansado?
R | Tenho um conhecimento muito profundo sobre o Paulo Santos, nem tanto sobre o Dani Mallo, mas parecem ser guarda-redes de características diferentes e os dois, de certeza absoluta, competentes para o projecto do Braga. Sobre os avançados, reúnem também características diferentes e provavelmente aquilo que se pede a um não é o mesmo que se pede a outro. A equipa terá que fazer o melhor aproveitamento das características de cada um, jogando os dois na mesma posição.

P | Tal como o seu Gil Vicente há duas épocas, o Braga fez este ano um estágio longo. O que poderá ganhar a equipa?
R | Quando se toma essa opção, tem-se a noção de que o estágio poderá ser longo face a alguns aspectos mentais, a ausência da família e o próprio stress de viver intensamente 24 horas concentrado. Os benefícios para os técnicos são muito maiores do que os prejuízos, porque o que se pretende nessa altura é trabalhar 24 horas a pensar futebol, a assimilar um conjunto de automatismos, dar o rosto e a personalidade que se quer no grupo. Só a comer, trabalhar e dormir juntos isso se consegue.

P | Um dos objectivos do Braga passa pela conquista de um troféu. Há qualidade e experiência no grupo para isso?
R | Haver há, mas não é condição necessária para que venha a consegui-lo. A época é uma prova de regularidade e com quatro frentes. Há algumas que se perdem pelo caminho e, às vezes, não se consegue nenhuma delas. Não por falta de qualidade, mas porque algumas, por serem mais importantes, condicionam as outras. Contudo, sem dúvida que o Braga tem um dos melhores plantéis.

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