Entrevista de Dani Mallo ao jornal Record:


Primeiro Songo’o, a meio da década de 90; depois Molina durante 5 temporadas; finalmente Paulo Santos, durante a época finda, em Braga. Dani Mallo pode ser um excelente guarda-redes, mas aos 28 anos ainda não atingiu os 100 jogos oficiais como jogador profissional. O percurso não deixa de ser cruel, tanto mais que o Sp. Braga o informou que tinha carta-branca para procurar um clube onde tivesse a possibilidade de jogar com regularidade. “Os internacionais são o meu azar, já não tenho dúvidas”, responde, com um misto de frieza e boa disposição quando Record o confronta com um trajecto que, de facto, se cruza com nomes de peso da baliza.

Na Corunha, o primeiro que lhe tapou o caminho foi o camaronês Songo’o, estava Mallo ainda na equipa B com esperança de promoção para ser importante no Estádio Riazor. E para evitar mesmo o seu aparecimento havia ainda o internacional checo Petr Kouba. A partir de 2000 e até 2006, foi Molina quem o atirou para as reservas, pois o português Nuno e o internacional uruguaio Munúa eram opções de recurso. “Analisada bem a questão, pouco podia fazer. Eles eram bons jogadores. Em 2003/04 tive mesmo de sair, por empréstimo, e realizei muitos jogos no Elche”, recorda-se. E tem razão. Foram 38 partidas.

Para procurar a felicidade, aceitou o convite do Sp. Braga. Deixou a Galiza – nasceu mesmo na Corunha – e assinou por 3 temporadas. Mallo rejeita estar triste ou sentir-se infeliz depois de ter realizado um jogo para a Liga, com o V. Setúbal, e dois para a Taça frente ao Portimonense e Pontassolense. “Nos jogos que disputei não comprometi, isso tenho a certeza. As coisas correram-me bem e fiz aquilo que me deixaram. Participei nas partidas em que entenderam e não há qualquer problema com isso”, resume, sem “qualquer tipo de ressentimento”. E Paulo Santos foi realmente um obstáculo a sério. “Lá está, outro internacional. E Paulo Santos é um guarda-redes espectacular. É um concorrente muito duro de bater e não me sinto nada angustiado. Triste estava se o Paulo Santos fosse, na minha óptica, um fraco guarda-redes. Mas não é. É dos bons e está ao nível dos melhores que há em Portugal.”
in record

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